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Recifes Artificiais e o calçadão em Piratininga

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O recife artificial em Piratininga, dissiparia a energia das ondas antes de chegarem à praia, criando uma área de remanso e aumentando a faixa de areia na sua direção.


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Quase todo ano é a mesma coisa: ressacas em Niterói e muitos problemas em diversos pontos da nossa orla. Este ano não foi diferente, mais uma vez as ondas castigaram grande parte do calçadão, destruindo quiosques, prejudicando trabalhadores e, principalmente, a população de Piratininga e de Niterói.

PROBLEMA ANTIGO

A manutenção do calçadão de Piratininga, castigado por diversas ressacas desde a década de 1990, é considerada um problema crônico. Destruída em 1996, parte da orla foi novamente devastada por ressaca em 1999. Somente em 2008, 12 anos depois, o calçadão foi recuperado, ao custo de pelo menos R$ 1,5 milhão. Quatro anos depois, em junho de 2011, o mar novamente revolveu a areia e pôs abaixo três trechos do pavimento, todos nos primeiros quarteirões da praia.

muro_de_piratininga_4_jpg_20160420REVITALIZAÇÃO EM 2016

O vice-prefeito Axel Grael, divulgou em abril deste ano, em seu blog, que depois de quase cinco anos o calçadão da Praia de Piratininga deve ser finalmente revitalizado. A previsão é de que as obras comecem em setembro deste ano, com previsão de conclusão em maio de 2017. Além da completa revitalização do calçadão, a solução adotada será a construção de um muro de contenção, feito com as pedras retiradas das obras do túnel da Transoceânica (Charitas-Cafubá) e revestido de concreto. Este muro, de formato semelhante a uma escada (de quatro a cinco degraus de 80 centímetros de altura), será elaborado para dissipar a energia das ondas, e terá cerca de 1,6km de comprimento, tendo altura estimada entre 4 e 5m, dependendo do trecho. Além disso, haverá cinco rampas de acesso à praia, e sua extensão compreende cinco quarteirões da orla.

RECIFES ARTIFICIAIS

Recife artificial é o termo utilizado para designar um conjunto de estruturas, normalmente de concreto, colocadas no fundo do mar especificamente para serem colonizadas pela comunidade biológica que vive no meio aquático, a exemplo do que ocorre nos cascos de embarcações, plataformas e pilares de trapiches, que ficam em contato com a água do mar.

Como num recife natural, essas estruturas passam a ser cobertas por uma grande variedade de organismos, como algas, hidróides, briozoários, esponjas, corais e vermes marinhos.

Com o tempo, esses organismos promovem o aparecimento de uma comunidade recifal, que atrai lagostas, caranguejos, ouriços, e anfípodas, bem como milhares de larvas de peixes. Isto acontece pela oferta de uma superfície sólida para fixação, refúgio e alimentação.

Várias das espécies que se utilizam dos recifes artificiais possuem interesse econômico tanto para a pesca artesanal e esportiva, como para o mergulho recreativo. Algumas podem ser encontradas ao longo do ano, outras são sazonais ou visitantes ocasionais.

Nas últimas duas décadas, intensificou-se o uso de recifes artificiais marinhos em países costeiros, como o Japão, os Estados Unidos, o Canadá, a Itália e a Inglaterra, dentre outros.

SOLUÇÃO EM DIVERSOS ASPECTOS

Preferencialmente, adotar soluções completas e mais abrangentes é o melhor caminho para alcançarmos melhores resultados em nossa cidade, e mais qualidade de vida para o niteroiense. Fundamentalmente, devem ser considerados os aspectos sócio-culturais e econômicos, com amplo debate e diálogo com a sociedade civil, poder público e todos os grupos envolvidos, além de serem definidos objetivos e critérios claros na concepção do projeto e no desenvolvimento de estudos científicos.

O recife dissiparia a energia das ondas antes de chegarem à praia, criando uma área de remanso e aumentando a faixa de areia na sua direção. Também promoveria a preservação do meio ambiente, através da recuperação da biodiversidade marinha, também ampliando as possibilidades de aproveitamento da praia, com a prática do surfe e do mergulho, além de possibilitar passeios turísticos e fomentar a atividade pesqueira do bairro.

A implantação de recifes artificiais em Piratininga, é certamente uma possibilidade que deve ser amplamente discutida em Niterói!

LINKS

Blog do Axel Grael
Iniciativa ‘Reage Piratininga’
Associação MarBrasil

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Leandro Portugal – Advogado, 33 anos. Nascido e criado em Niterói, amor incondicional pela cidade.
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