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o mundo em nossas mãos

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Mundo Mundo, Vasto Mundo!

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Por Carol Almeida

E o mundo não acabou?
Não, e tudo que é bom nele também não!
Por isso, aproveitando que o mundo não acabou, pratique mais o melhor lado dele!
O Natal já é segunda-feira, é o momento de agradecer, presentear, amar, estar ao lado dos amigos e família!
Bazar nas vésperas do Natal

Para quem ainda não garantiu todos os presentinhos e quer fugir dos shoppings, tem dica de um bazar bacaninha, que promete um ambiente tranquilo e com precinhos interessantes!

Nesse final de semana, o” Bazar da Garagem”, em São Francisco, apresentará o trabalho de Caroline Kurowsky e Mariana Nitzsche!

A dupla niteroiense estudou e produziu moda na Itália, e agora voltou pra arrasar lançando a “Marca – roupas femininas”. O Bazar conta com presença de Riva Sandálias Artesanais, a Nomad de roupas masculinas, entre outros. Veja mais sobre o Bazar da Garagem na página oficial do evento: https://www.facebook.com/events/450269851699701/?fref=ts

Serviço:
Bazar da Garagem
Sab – 18 às 21h
Dom – 10 às 21h
Rua Eurico Batista, 11, São Francisco – Niterói.

Feliz Natal!

 Feliz Natal a todos, muita paz, amor e esperança!

Para refletir um lindo texto de Carlos Drummond de Andrade!

 Organiza o Natal

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.


Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.

Obrigada, beijos e Feliz Natal,

Dúvidas, Criticas ou Sugestões fale com a Carol. Escreva para: [email protected]


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