Agenda
Teatro AMF recebe o espetáculo “O Salão”
Serviço:
31 de janeiro de 2019 – 19h30
Direção: Reinaldo Dutra
Classificação etária: 14 anos
Local: Av. Roberto Silveira, 123, Icaraí – Niterói/RJ
Ingressos: VENDA SOMENTE NA SEDE DA OST
Rua Saldanha Marinho 14 – Centro/ Niterói
Informações: (21) 2721-0468
Duração: 60 minutos
O Teatro Eduardo Kraichete, em Niterói, será palco, no dia 30 de janeiro, do espetáculo “O Salão”, uma livre adaptação de “O Casamento do Pequeno Burguês”, de Bertolt Brecht. A peça faz parte da “Mostra de Teatro: OST 18 anos – A vida como palco!”
No enredo, duas famílias tipicamente burguesas, em meio ao caos político e ideológico vivido no Brasil dos últimos anos, reúnem-se para celebrar o casamento de seus herdeiros. Uma é oriunda de uma família tradicional. A outra ascendeu socialmente graças ao jogo do bicho. Ali, na mesa de jantar, entre uma garfada e uma taça de vinho, elas expõem suas mazelas, deixam cair suas máscaras e acabam por revelar facetas de sua hipocrisia. “O Salão”, espetáculo cômico dividido em dois atos, expõe os bastidores daqueles que representam o discurso do poder vigente e ditam as regras da sociedade há séculos.
“Nossa ideia é trazer reflexão e diversão em um só gesto”, afirma o diretor Reinaldo Dutra, “tudo isso mostrando temas políticos relacionados às origens da desigualdade social no Brasil, fazendo uso de pressupostos do ensinamento teatral em Brecht”.
Em “O Salão”, o ator é o responsável pela manifestação da necessidade humana de colocar em cheque visões de mundo totalitárias e conservadoras, com poucos elementos cenográficos.
O texto “O Casamento do Pequeno Burgês”, uma das primeiras obras de Brecht e que serviu de inspiração para este espetáculo, trabalha através da sátira, da ironia, da caricatura e de um certo elemento absurdo para denunciar a hipocrisia de uma classe dominante. Tudo acontece no microcosmos de uma sala de jantar, onde discussões de ordem privada são expostas refletindo e expondo um contexto macroestrutural. Em “O Salão”, a origem da família aristocrata brasileira moderna é colocada em cheque, fazendo remontar aos idos da casa grande e da senzala.
