Cidade
Saldo de 2016: aumento de casos de Zika em Niterói
Casos aumentam
Enquanto em 2015 apenas 11 casos foram notificados, até novembro deste ano, foram registrados 115 casos de Zika em Niterói. Segundo a prefeitura, agentes da Vigilância Sanitária, Ambiental e de Endemias realizam trabalhos em vários bairros nos últimos meses.
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o município de Niterói registrou aumento no número de casos suspeitos e confirmados de dengue, zika e chikungunya. Os números confirmam a constatação da edição de 2016 do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, que coloca o município de Niterói em estado de alerta.
Números são assustadores.
A febre chikungunya que teve apenas 2 casos registrados em 2015, passou para 37 diagnósticos em 2016, o que representa um crescimento de 1.450%.
Neste ano, foram protocolados 1.683 casos suspeitos de dengue, o que corresponde a um aumento de 117% em relação a 2015, quando 774 casos foram registrados.
De acordo com a prefeitura, os bairros de Cachoeira, Viçoso Jardim, Viradouro e Matapaca são os com a maior incidência de casos dessas três doenças.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) afirma que realiza um trabalho de combate ao Aedes aegypti durante todo o ano. Além disso, a FMS informa que é importante que a população faça sua parte, já que em Niterói o criadouro mais frequente é a caixa-d’água de residências.
O município também trabalha com o aplicativo gratuito “Sem Dengue’’, que permite tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito e enviar a imagem para que fiscais da Secretaria Municipal de Saúde vistoriem o local. Outra forma de denunciar possíveis focos é pelo Disque Dengue (2621-0100).
SG e Maricá
São Gonçalo também se encontra em estado de alerta segundo o LIRAa divulgado pelo MS. Os bairros de São Gonçalo com maior incidência da doença são Itaúna, Trindade, Almerinda e Jardim Catarina.
O município registrou, até o último boletim de 2016, 9.378 casos de dengue contra 2.420 durante todo o ano passado. Até a metade do mês de dezembro, 1.215 pessoas tinham sido notificadas com Zika, contra 435 em 2015. Em relação à chikungunya, nenhum caso foi registrado no ano passado, enquanto em 2016 a prefeitura confirmou apenas um.
De acordo com a prefeitura, agentes da Vigilância Sanitária, Ambiental e de Endemias realizam trabalhos em vários bairros, assim como nos cemitérios. O executivo informa que a população também deve ajudar não deixando água parada em vasos de plantas e recipientes.
Maricá é o único entre os três municípios que se encontra com índices satisfatórios em relação ao controle do Aedes aegypti, de acordo com o Ministério da Saúde. Itaipuaçu, Ponta Negra e Inoã são os bairros com maior incidência.
Os casos confirmados de dengue caíram na cidade: apenas 15 casos foram notificados em 2016, contra 167 em 2015. Contudo, o município também teve grande aumento no número de casos de zika em 2016: 115 contra 25 em todo o ano passado. Em relação à febre chikungunya, o município registrou um caso ano passado e dois em 2016.
Para prevenção, a prefeitura afirma realizar vistorias domiciliares regularmente em reservatórios e orientações aos moradores para não deixar água parada em pneus e recipientes sem tampas, além de ações de conscientização em escolas do município, praças, bairros e a campanha ‘Dez minutos salvam vidas’. As denúncias de locais com focos do mosquito podem ser encaminhadas para o Disque-Dengue 2637-0091.
Vale ressaltar que não houve registro de mortes pelas doenças nos três municípios, entre os anos de 2015 e 2016.
