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PF investiga lançamento de esgoto em canal que liga lagoas de Niterói
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam suposto crime ambiental em Camboinhas, Região Oceânica de Niterói. O inquérito aponta que com o aval da prefeitura da cidade a concessionária Águas de Niterói vem despejando material sem o tratamento ideal no canal de Camboatá, que liga as lagoas de Itaipu e Piratininga. O despejo irregular de esgoto seria proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Camboinhas.
Segundo operação realizada em outubro de 2018 pela PF com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) desde o início das obras de ampliação da ETE, em junho de 2017, o ocorrido vem acontecendo poluindo as lagoas, provocando a morte de animais e favorecendo a proliferação de doenças.
O Coordenador da operação e responsável pela investigação de crimes contra o meio ambiente, delegado Fernando Cesar Ferreira, conta que a ETE operou durante as obras com o sistema primário de tratamento, recolhendo apenas os resíduos sólidos. Ele ressalta que, quando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente liberou as obras de ampliação autorizou que o tratamento fosse realizado parcialmente.
A empresa Águas de Niterói garante que a obra atende ao que foi autorizado pelo órgão ambiental. A mesma ressalta ainda que durante a ampliação da ETE Camboinhas, em nenhum momento, a estação deixou de fazer o tratamento total do esgoto. Autos da PF apontam que durante coletas no Canal de Camboatá,em três datas diferentes, foram detectados coliformes fecais e nitrogênio amoniacal em níveis acima do permitido.
O caso, encaminhado em maio para o MPF, está instaurado como inquérito civil para averiguar responsabilidades, reparação e compensação pelos possíveis danos ambientais. A próxima etapa do inquérito será encaminhar a denúncia à Justiça Federal.
