Notícias
Moradora de Niterói é a 1ª brasileira a conduzir navio da Marinha na Antártica
A capitão-tenente Sabrina Fernandes, 34, foi a responsável pela navegação de embarcação com 80 militares em expedição que durou meses no continente gelado
Historicamente, explorações na Antártica eram quase uma exclusividade de homens. Mas isso mudou!
Durante a 42ª Operação Antártica (OPERANTAR), que ocorreu de outubro de 2023 a abril de 2024, o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” qualificou a primeira mulher da Marinha do Brasil (MB) para o serviço de Oficial de Quarto no desafiante ambiente antártico.

Sabrina Caldeira, Capitão-Tenente da Marinha e moradora de Niterói, tornou-se apta a conduzir o navio em diversas situações operativas, como na travessia do Estreito de Drake, durante operações aéreas, no lançamento e recolhimento de acampamentos científicos, nas tarefas logísticas afetas à Estação Antártica Comandante Ferraz, entre outras. Ela ingressou na Marinha em 2016.

Imagem: Marinha do Brasil
A travessia do Estreito de Drake está entre as mais complicadas do mundo.
Conquistas e desafios a bordo
A Capitão-Tenente (IM) Sabrina exerce também as atividades relacionadas à Intendência, como abastecimento, municiamento e conforto da tripulação do navio.
Segundo ela, além dos grandes desafios profissionais, a distância dos familiares por um longo período é um fator que potencializa a dificuldade da comissão, mas ressalta que a sensação de fazer o melhor possível, é sempre recompensadora.
“Estar a bordo desse navio exige de nós muita determinação e abnegação. Mas nos dá muito orgulho de pertencer e saber que tudo isso é em prol de uma missão muito nobre, de prestar apoio indispensável à consecução do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). A sensação de estar fazendo o melhor que podemos nos satisfaz como profissional e como pessoa”, destaca.
A oficial chefia um departamento com mais de 20 militares a bordo, e o navio segue sendo preparado para mais uma operação no final deste ano
“Vivemos em uma sociedade que caminha em direção à igualdade de gêneros. Ainda temos muito a avançar. Esse reconhecimento não é pequeno, é um número expressivo para o momento atual. E é um caminho sem volta. Foi uma conquista incrível, motivo de orgulho. A experiência a bordo nesses meses é nova, desafiadora e enriquecedora. Manobramos o navio em condições muito adversas. Navegamos entre icebergs pelos restritos canais austrais e pelo temido Estreito de Drake.”
Declarou Sabrina, que diz esperar que sua história sirva de incentivo e inspiração para outras mulheres.
Mais Antártica à vista
Em 2024, Sabrina irá novamente, representar as mulheres e a cidade de Niterói. Ela embarca em outubro no mesmo navio, na Operação Antártica (OPERANTAR), retornando apenas em abril de 2025.
Fontes: Agência Marinha de Notícias / Portal Terra
