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Polo de inovação da Cantareira, em Niterói, terá cursos, estúdio de cinema e área para shows
Previsão da prefeitura é que licitação das obras seja feita até o fim de novembro, e que a reforma do espaço, que é tombado, esteja concluída em um ano
A prefeitura apresentou, na semana passada, os croquis de como vai ser a futura sede do polo de inovação chamado até o momento de Cantareira Criativa, em São Domingos.
De acordo com a gestão municipal, a previsão é que a licitação para o início das intervenções saia até o fim de novembro próximo e que, uma vez iniciada, a obra seja concluída em um ano.
O projeto da Secretaria de Ações Estratégicas e Economia Criativa pretende revitalizar um dos espaços mais tradicionais da cidade, dando ao local uma nova função social, com o objetivo de potencializar o acesso da população às novas tecnologias, formar e capacitar mão de obra qualificada e propiciar o surgimento de novos negócios ligados à economia criativa.
Além da pasta, as ações envolvem a Coordenadoria de Trabalho, Emprego e Renda; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação; e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O investimento é de R$ 40 milhões.
A prefeitura ainda não divulgou a estimativa de quantas pessoas serão atendidas no local quando o polo estiver em funcionamento.
O projeto também conta com uma Escola de Audiovisual com enfoque na formação e qualificação profissional para a cadeia produtiva do audiovisual, em especial para crianças e jovens, nos mesmos moldes do já implementado Centro de Referência do Audiovisual de Laranjeiras, no Rio, criado pela Firjan.
Nesse ponto, a prefeitura destaca que a proximidade e a parceria com a UFF, por meio do Instituto de Artes e Comunicação Social, serão fundamentais.
A intenção é oferecer, de forma gratuita, cursos de fotografia, iluminação, direção, roteiro e produção.
Além disso, no mezanino, informa a secretaria, ficará uma cabine técnica, de iluminação e som, e um foyer com capacidade para 150 pessoas, bem como estúdios de cinema e transmissão ao vivo, ilhas de edição e um auditório multiúso.
Conjunto arquitetônico
A Estação Cantareira é tombada pela lei 1.063/92. A fachada faz parte do conjunto arquitetônico e histórico do bairro. O imóvel foi construído no início do século XX para funcionar como estaleiro e oficina das barcas. Anos mais tarde, o prédio acabou sem uso. Mais recentemente, a Cantareira era utilizada pela iniciativa privada como casa de eventos, até ser desapropriada pela prefeitura.
Fonte: Jornal O Globo (matéria de Rafael Timileyi Lopes)