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Despoluição da Baía de Guanabara e linha 3 do metrô estão entre as promessas da candidatura de Rio e Niterói para sediar o Pan de 2031
Projeto consta do legado ambiental citado no documento no qual as duas cidades se propõem a sediar os jogos

Promessa para os Jogos Olímpicos de 2016 que ficou no papel, a despoluição da Baía de Guanabara está em nova proposta para trazer mais um megaevento para o estado. Desta vez, o projeto consta do legado ambiental citado no documento no qual Rio e Niterói se propõem a sediar o Pan-Americano de 2031.
A candidatura conjunta foi sacramentada ontem pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com 48 votos favoráveis, um contrário e um em branco.
A inscrição das duas cidades deve ser feita junto à Panam Sports até amanhã. A expectativa é que a disputa pelo direito de fazer o evento seja com Assunção, no Paraguai.
Corrida contra o tempo
A proposta relativa à Baia de Guanabara dependerá de um acordo entre o governo do estado e a Águas do Rio, para que investimentos sejam antecipados. O contrato de concessão estabelece que empresa tem até 2033 — dois anos após o Pan — para que 90% da população dos 27 municípios onde opera tenha tratamento de esgoto adequado. Na área atendida estão cidades da Região Metropolitana que poluem a baía.
O documento incluiu ainda a proposta de tirar do papel a linha 3 do metrô, que conectaria Rio, Niterói e São Gonçalo e prevê um túnel sob a Baía de Guanabara.
— A gente tem certeza de que há muita possibilidade de antecipar os prazos para a despoluição da baía. E a linha 3 do metrô já tem até pré-projeto — disse o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Por sua vez, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a próxima etapa é detalhar o projeto. As duas cidades têm até abril para apresentar os investimentos necessários em instalações e indicar fontes de financiamento público ou privado.
— A infraestrutura esportiva está pronta. O que teremos que fazer são estruturas provisórias e focar no esporte e no legado olímpico — afirmou Paes.
No documento que oficializa a candidatura, as cidades incluíram ainda projetos já previstos para os próximos anos. No caso do Rio, o emprego de ônibus elétricos a partir da nova concessão do sistema em 2028 e a “veletização” dos corredores de BRT Transoeste e Transcarioca. Na lista de Niterói estão uma linha de VLT, ligando a Zona Norte ao Centro, e o investimento em tecnologia para melhorar a segurança pública.
Sem ainda indicar onde serão as provas, as duas cidades listaram locais que poderiam ser usados para competições. São citados o Parque Olímpico da Barra, o Parque de Deodoro, a Marina da Glória e o Complexo do Maracanã. O Nilton Santos, o Engenhão, que concentrou as provas do atletismo em 2016, ficou de fora, assim como o futuro estádio do Flamengo, em São Cristóvão. Em Niterói, foram indicados o Complexo Aída dos Santos, o Caio Martins e arenas provisórias na orla.
Fonte: Jornal O Globo (autor da matéria: Luiz Ernesto Magalhães)
