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Corte de verbas UFF: Entenda a decisão e consequências para a universidade

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Na última terça- feira (30) o Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de 30% do orçamento de três universidades: UFF, UNB e UFBA. A justificativa segundo o ministro, Abraham Weintraub, se dar por balbúrdia (desordem, confusão) nas instituições, permissão de eventos político-partidários e baixo desempenho.

Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, confirmou Weintraub em entrevista. Os critérios de avaliação, porém, não foram informados.

Em nota o MEC diz que a medida está em vigor desde a última semana e que estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado. Foi informado também que o Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto no orçamento.

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, afirmou em entrevista que o corte praticamente inviabiliza a faculdade. O mesmo afirma que a universidade conseguirá mal pagar as contas básicas, e se não sobrar para água e luz não abrirá as portas. O reitor também reclamou da falta de interlocução da atual gestão com as instituições de ensino e criticou a punição por questões políticas.

Assumi fazendo uma revisão no orçamento e agora temos mais uma perda. Tínhamos previsto para este ano um déficit de R$ 30 milhões, e com isso fizemos um ajuste técnico para caber no orçamento. A declaração do ministro sugere que ele conhece muito pouco sobre a UFF, com atuação em nove cidades do Rio de Janeiro e no Pará. Em todos esses campi nós temos serviços voltados para a população, como assistência jurídica, assistência jurídica fiscal, desenvolvimento de políticas públicas e sobre meio ambiente”, declarou.

Nóbrega afirma ainda que caso a decisão não seja revista o prejuízo para a comunidade acadêmica seria indiscriminável, principalmente com os estudantes que precisam da Assistência Estudantil, por se encontrarem em vulnerabilidade social, recebendo participação dos programas de Auxílio-Creche, Auxílio-Moradia, Auxílio-Saúde, Bolsa de Apoio aos Estudantes com Deficiência e Bolsa de Apoio Transporte.

O MEC diz que a Assistência Estudantil não será afetada, mas na verdade afeta a todos. Pois a decisão afeta o orçamento discricionário da universidade, como os serviços de energia, água, obras. Se gastarmos todo o nosso orçamento nessas contas, não vamos poder auxiliar os estudantes nas aulas práticas, nos trabalhos de campo, assim tudo isso vai ser sacrificado”, comentou o reitor explicando que o aluno mais pobre não terá condições de participar dessas aulas e trabalhos.

O reitor da UFF, em busca de resolver a situação, solicitou audiência com o ministro de educação. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega pretende ir à Brasília na próxima semana com o objetivo de apresentar a universidade.

ATOS:

Na próxima quarta (8) às 16 horas o movimento estudantil da UFF irá realizar manifestação com concentração no campus do Gragoatá (Centro) e marcha em direção à reitoria (Icaraí). A ação está sendo convocado pelo Conselho de Centros Acadêmicos.

A direção da UFF também prepara para o dia 15  ação com o objetivo de apresentar a universidade para a sociedade. O evento ocorrerá em todos os campi e busca mostrar os trabalhos desenvolvidos pela UFF. A iniciativa contará com apoio de autoridades públicas e movimentos sociais.


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