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CISP de Niterói – só 20% das câmeras funcionam

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CISP de Niterói:
500 CÂMERAS PROMETIDAS.
382 INSTALADADAS.
80 FUNCIONAM.

Muito badalado e esperado por autoridades de segurança pública do Estado e amplamente divulgado pela Prefeitura deNiterói, o CISP – Centro Integrado de Segurança Pública, funciona com muito menos da capacidade prometida. Das 382 câmeras, apenas 80 estão em pleno funcionamento.

O projeto prometia ter um papel determinante na melhoria dos índices criminais da cidade, com u total de 500 câmeras instaladas e funcionando até o final do ano de 2015. Porém o prédio espelhado na Região Oceânica, que foi fartamente usado como propaganda na última campanha eleitoral, que culminou na reeleição do prefeito Rodrigo Neves (PV), tem imagens apenas de 80 câmeras, de um total de 382 instaladas. Só 20% do prometido!

[highlight bgcolor=”#ff5111″ txtcolor=”#ffffff”]CISP NUNCA FUNCIONOU COMO PREVISTO[/highlight]

Anunciado pelo prefeito Rodrigo Neves (PV) como a principal iniciativa da prefeitura para auxiliar no combate à violência na cidade, o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) tem a maior parte de suas 382 câmeras funcionando de forma precária ou simplesmente desligadas. Menos de cem equipamentos estão em operação.

CISP Niterói

INVESTIMENTO DE 25 MILHÕES

Quase um ano e meio após sua inauguração oficial, o Cisp, projeto que teve orçamento de R$ 25 milhões, ainda não tem uma rede adequada e nem streaming (transmissão ao vivo), para se conectar às câmeras distribuídas pela cidade.

Segundo reportagem do Jornal O Globo de Niterói, os problemas foram notados desde a inauguração do Cisp, há mais de 1 ano e meio, em agosto de 2015. Segundo as fontes da matéria, Rodrigo Neves não estaria ciente da real situação. Na época da inauguração do centro de segurança, o prefeito afirmou:

— Hoje é um dia histórico. O Cisp é uma ferramenta estratégica para as forças policiais atuarem. Com ele, vamos atuar na prevenção e na elucidação dos crimes.

Segundo um dos profissionais responsáveis pela criação e manutenção da rede — operada pela empresa Eco-Sistemas, o erro se deu desde o início do Cisp, pois o mesmo teria sido instalado para utilizar uma rede já existente de dados, que servia as áreas da saúde e educação, e estas já estariam bastante sobrecarregadas.

— O certo seria separar as redes, por conta da banda disponível, que já estava 70% ocupada naquele momento. A Eco-Sistemas instalou alguns outros pontos de sinal de rádio, ampliando um pouco a capacidade, mas mesmo assim o compartilhamento não seria o correto.

DESDE 2015, POUCO MUDOU

Em 2016, apesar da mudança de comando na Secretaria de Ordem Pública (SEOP), entrando Gilson Chagas, o número de câmeras instaladas aumentou um pouco, mas nem perto do prometido. Na ocasião, eram 200 câmeras instaladas, e após a posse, a quantidade aumentou, mas pouco foi feito para conectá-las ao Cisp. Hoje, o número de câmeras disponíveis para os agentes que fazem o monitoramento da cidade gira entre 60 a 80, nunca chegando a cem.

Apesar da Prefeitura prometer mapear muitos locais da cidade, na prática não é o que acontece, já que muitos bairros não possuem câmeras ou as que estão instaladas, não estão funcionando.

Segundo apurado pelo Jornal OGlobo, na Praia de Icaraí, por exemplo, foi prometida a instalação de dez câmeras, sendo duas delas móveis, capazes de girar 360 graus para flagrar delitos. No momento, nenhuma está funcionando. Na Avenida Amaral Peixoto, no Centro, onde funcionam a Câmara dos Vereadores, o fórum e uma delegacia, também não há câmeras operando. A própria prefeitura reconhece que a rede de fibra ótica nos dois locais está inativa, e diz que está trabalhando para restabelecer o sinal.

Dois meses após a inauguração do Cisp, e com câmeras já instaladas, a prefeitura admitiu a necessidade de criar uma rede própria para os aparelhos transmitirem dados de forma eficaz. A tentativa de se criar a rede veio por meio de um contrato com a MCJ Assessoria Hospitalar & Informática, assinado em outubro de 2015 pelo então secretário de Ordem Pública, Marcus Jardim, que morreu em maio do ano passado. A forma de contratação da empresa foi pouco ortodoxa, porém legal. A prefeitura se utilizou de uma ata de registro de preço do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf), que realiza licitações para a área de Saúde.

Questionada sobre a contratação de uma empresa com especialidade médica para executar obras de segurança pública, a prefeitura afirmou que “todos os serviços são rigorosamente fiscalizados pela Seop e atestados pelos gestores do contrato, o que garante a qualidade do serviço”.

Prefeitura de Niterói não paga empresa de manutenção da rede

O contrato no valor de R$ 6,6 milhões, se destinava a: “execução de projeto técnico e serviços de instalação e manutenção de rede de telecomunicações.” Inicialmente, a duração seria até outubro de 2016, porém, a empresa MCJ recebeu R$ 1,9 milhão. O último mês de prestação de serviço quitado foi abril. Desde então, a prefeitura admite que os pagamentos não foram feitos. Em janeiro deste ano, foi publicada no Diário Oficial a prorrogação do contrato por mais 12 meses, sem aumento de custo.

Enquanto uma rede de conexão eficiente não é instalada, nem mesmo câmeras de outras entidades conseguem transmitir imagens para o centro de segurança, a exemplo da Associação Viver Bem, ONG que tem cerca de 300 equipamentos espalhados por Niterói e um convênio com a prefeitura para compartilhar imagens de 50 deles.

CISP Niterói

 

PRESSÃO TOTAL: CLIMA ENTRE AGENTES, FUNCIONÁRIOS  E COMANDO DO CISP É MUITO TENSO

Os problemas técnicos do Cisp tornaram o clima entre os agentes que atuam na unidade — que já era ruim — uma verdadeira panela de pressão. Sem conseguir realizar o trabalho com a qualidade esperada e pressionados por uma escala de trabalho, dizem, escorchante, eles aumentam o tom das críticas à atuação do secretário de Ordem Pública, Gilson Chagas. Hoje, um grupo de agentes alocado no prédio do centro de monitoramento, em Itaipu, atua em uma escala de 12 horas de serviço para 48 horas de folga. Com isso, os plantões são em horários alternados: ora diurnos, ora noturnos

— Não temos as câmeras para trabalhar direito e poderíamos estar com uma escala melhor. O trabalho é muito cansativo — critica um agente.

Segundo várias das fontes divulgadas pelo Jornal O Globo (fonte oficial deste conteúdo), chama a atenção de todos os profissionais envolvidos no dia a dia do Cisp a existência de uma sala no prédio repleta de caixas com câmeras que não foram instaladas. A prefeitura confirma a existência do espaço, e atribui a determinação ao roubo de equipamentos: “Para que as câmeras sejam instaladas, elas aguardam conectividade nos locais devidamente definidos. Tal medida (guardá-las no Cisp), inclusive, foi adotada no intuito de prevenir furtos, uma vez que os dispositivos instalados, mas desconectados, são alvos fáceis de tal crime. Parte dessas câmeras será utilizada para a implantação dos portais de entrada da cidade, anunciados desde o ano passado”.

 

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