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Pesquisadora da UFF ganha Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2020
A pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Leticia de Oliveira, ganhou o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia (Edição 2020) na categoria pesquisador sênior. O trabalho vencedor é sobre inteligência artificial na detecção precoce de transtornos mentais.
O Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2020 foi lançado, simultaneamente na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai e o projeto de Letícia envolve instituições americanas e do Reino Unido.
Letícia atua no Laboratório de Neurofisiologia do Comportamento do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFF. Segundo ela o pioneirismo brasileiro na aplicação da Inteligência Artificial em neuroimagem funcional para predição de transtornos mentais é destaque para a obtenção desse prêmio:
“Os transtornos mentais são doenças crônicas e incapacitantes. A maioria dos transtornos começa cedo, representando altíssimo custo econômico e social. Além disso, os tratamentos, farmacológicos ou psicoterápicos, são ainda pouco eficientes para a maioria dos casos. Um dos grandes desafios da psiquiatria atual é a detecção precoce de sintomas ou sinais que representem risco a transtornos mentais. Se esses sinais puderem ser detectados mais cedo, antes do aparecimento completo da doença, os pacientes poderiam receber um tratamento precoce, interrompendo o transtorno”, afirmou.
Letícia é mestre pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e doutora pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou ainda um pós-doutoramento no Kings College London, na Inglaterra, na área de Neuroimagem Funcional e na área de Inteligência Artificial.
A vencedora é ainda Honorary Senior Research Associate na University College London, cientista do Nosso Estado e coordenadora da área biológicas, ambas da Faperj, e bolsista do CNPq/ Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Letícia também faz parte do núcleo central do movimento “Parent in Science“, um movimento que surgiu com o intuito de levantar a discussão sobre maternidade e paternidade dentro do universo da ciência brasileira, e coordena o grupo de trabalho “Mulheres na Ciência” da UFF.
Fonte: Jornal O Fluminense