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Niterói na rota do ecoturismo

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Trilhas e unidades de conservação ajudam a promover turismo de aventura na cidade

Com paisagens exuberantes e mais de 50% do seu território protegido por decreto municipal, Niterói é destino certo para os amantes do ecoturismo.

A cidade tem 45 trilhas, a maioria localizada em unidades de conservação, como o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT) e o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET). Para atualizar as informações sobre o tema, a Prefeitura de Niterói vai lançar, até o fim do ano, nova edição do Guia de Trilhas. A primeira foi feita em 2020.

De acordo com o prefeito Axel Grael, a publicação é mais uma ferramenta para a promoção do ecoturismo, uso público nas unidades de conservação e estímulo à prática de esportes.

“A rede de trilhas de Niterói está entre as melhores do Brasil. Nosso primeiro guia foi lançado em 2020 e agora está mais robusto, com novos trajetos e novas unidades de conservação. Com o livro, esperamos reforçar o potencial da cidade para o ecoturismo e divulgar as diversas opções de lazer para a população e seus visitantes. O ecoturismo é uma tendência mundial e ajuda a alavancar o desenvolvimento econômico da cidade com sustentabilidade e inclusão”, afirma o prefeito.

Além do Guia de Trilhas, várias iniciativas ajudam a promover o município no cenário nacional e a atrair mais turistas. Entre elas, a criação do Parque Natural Municipal do Morro do Morcego, na Enseada de Jurujuba. Uma comissão formada por técnicos de várias áreas da Prefeitura e representantes da sociedade civil está planejando o uso do local.

O objetivo é criar uma estrutura com centro de visitantes, restaurante e pontos de observação da paisagem, reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade.

A comissão é liderada pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson. Segundo ele, Niterói segue na sua vocação de promover desenvolvimento aliado com sustentabilidade.

“Com o novo parque, vamos poder proporcionar para a população uma verdadeira joia que antes estava restrita a imagens aéreas. E, com uma gestão qualificada, vamos manter o ecossistema todo preservado e gerar renda com o ecoturismo. É um ganho enorme para a população. É um lugar incrível que, em breve, todos poderão conhecer”, diz.

Niterói foi um dos primeiros municípios do país a se integrar à Rede Brasileira de Trilhas. Há uma trilha de longo curso que perpassa grande parte da cidade: a Rota Charles Darwin, criada em 2018, e que vai até Maricá, ao longo de 28km.

A Rota Charles Darwin é uma experiência que refaz parte do caminho realizado pelo naturalista britânico Charles Darwin em sua passagem pelo Brasil no século XIX, além de buscar integrar a beleza cênica da cidade ao percurso, conectando unidades de conservação (PARNIT e PESET) e atrativos de grande relevância (MAC, Caminho Niemeyer, Ilha da Boa Viagem, entre outros).

 Proteção de áreas verdes na Zona Norte

Criado pela Prefeitura para proteger e conservar a qualidade ambiental e os atributos naturais da região, o Parque Municipal Natural Floresta do Baldeador é a primeira área protegida da Região Norte.

Com 70 hectares, o parque conta com trilhas demarcadas, que em breve estarão disponíveis para os visitantes.

Todo o trabalho está sendo elaborado a partir das características do terreno para manter populações de animais e plantas nativas, contribuindo para a preservação da biodiversidade de Niterói e do estado do Rio de Janeiro.

A ideia é proteger ecossistemas com grande potencial para oferecer oportunidades de visitação, aprendizagem, educação, pesquisa e recreação, além de incentivar o desenvolvimento do turismo ecológico em Niterói.

Congresso de trilhas

Niterói vai sediar, entre os dias 20 e 24 de setembro, no Caminho Niemeyer, o 2º Congresso Brasileiro de Trilhas, maior evento de trilhas da América do Sul.

O evento vai reunir os maiores especialistas nacionais no tema, além de vários convidados estrangeiros que são referência internacional no assunto.

Organizado pela Prefeitura de Niterói em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e com a Associação Rede Brasileira de Trilhas, ele será precedido, no dia 20, pelo Seminário Técnico Científico.

Ao final do congresso, acontecerá um curso sobre manejo de trilhas ministrado por técnicos do ICMBio.

O 2º Congresso Brasileiro de Trilhas terá palestras, minicursos, oficinas técnicas, fóruns para acordos institucionais e visitas técnicas em trilhas de Niterói.

Durante o evento haverá apresentação de casos de sucesso, com ênfase nos pilares fundamentais para o desenvolvimento e estruturação das Trilhas de Longo Curso, abordando temas como governança, sinalização padronizada, manejo de trilhas, capacitação, empreendedorismo, voluntariado, ecoturismo e turismo de base comunitária, lazer e interação com a natureza.


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