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Reitor da UFF desaprova fim da Lei das Cotas

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Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 19, o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, explicou o posicionamento da instituição em relação ao fim da Lei de Cotas para estudantes vindos de escolas públicas estaduais e municipais, ou com renda familiar de até 1,5 salário mínimo. De acordo com o reitor, a UFF já havia aprovado a reserva de 25% de vagas, o que significaria quase 2,4 mil vagas, de um total de 9.640 disponíveis no próximo vestibular da entidade, em 2013.

O retrocesso, explicou o reitor, se deu tanto pelo fato de a lei destinar 12,5% para o sistema de cotas, como por “ela considerar como escolas públicas também os colégios federais, militares e de aplicação, cujos alunos, todos sabem, são tão bem preparados quanto os das melhores escolas particulares”. A lei, portanto, colocou uma dificuldade maior para os estudantes oriundos da rede pública, no sentido considerado pela UFF, disse ele, como os mais necessitados de inclusão, que são os das escolas municipais e estaduais.

Além da lei –  No entanto, o entendimento da Comissão Interna e da Procuradoria Federal junto à UFF, é de que a lei terá de ser aplicada. Neste ano, portanto, o vestibular da instituição destinará o percentual de 12,5% de suas vagas ao sistema de cotas previsto na lei, mas vai acrescentar mais 10% de suas vagas exclusivamente aos estudantes de escolas públicas municipais e estaduais, excluindo os colégios de aplicação militares e as escolas técnicas.

Além disso, ressaltou o reitor, a aplicação da lei é extremamente complexa, por exemplo, quanto às condições específicas de comprovação de renda, “que exigirão uma logística sofisticada, pessoal qualificado e custos, isso sem falar da estratificação racial”.

O próximo vestibular será realizado 100% pelo Sistema Único de Seleção (Sisu), mas, para o vestibular de 2014, a universidade está analisando a possibilidade de realizar uma segunda fase em sua seleção, para garantir o padrão UFF, explicou Roberto Salles. O reitor concluiu, dizendo que a questão não é de ser contra a lei, mas contra as injustiças que poderão ser provocadas.


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