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Niterói se destaca nos torneios universitários de eSports e fomenta discussão do setor no Brasil

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A Universidade Federal Fluminense (UFF) é uma das instituições de ensino superior mais tradicionais do Brasil. Porém, desde 2016, o local também virou uma referência para o universo profissional de jogos eletrônicos. A organização Atlética eSports UFF coleciona títulos em diferentes ligas universitárias e, além disso, tem sido uma das responsáveis pelo crescimento dos eSports não apenas no Rio de Janeiro, mas também na cidade onde foi idealizada.

Niterói é a casa da UFF desde 1960, quando a universidade foi oficialmente criada. Por conta disso, é normal a cidade e a instituição organizarem eventos de forma colaborativa. Em 2018, por exemplo, a universidade foi palco do Festival Conexões Musicais, com elogios. No entanto, a tendência é que os próximos eventos sejam mais voltados para o promissor mercado dos jogos eletrônicos em vez de serem orientados ao setor de música.

No início de 2019, a revista Exame divulgou uma reportagem que mostrava o crescimento da audiência dos eSports em território brasileiro. São mais de 20 milhões de pessoas acompanhando torneios e jogos ao redor do mundo e fazendo um mercado já bem-sucedido gerar cada vez mais lucro. A perspectiva é de que este segmento ultrapasse os R$ 6 bilhões em receita no Brasil, números incríveis para um mercado tão novo e que tem grande potencial.

Todos esses números chamaram a atenção não só de grandes empresas, mas também das universidades. Niterói foi uma das cidades pioneiras nesse sentido e, hoje, com a UFF, possui uma grande atlética de jogos eletrônicos. A Atlética eSports UFF foi criada em 2016 e possui equipes em 13 modalidades diferentes. Além disso, é responsável pela realização de cursos voltados não apenas para o mundo dos games, mas também de tudo o que envolve tecnologia, dados e modernização.

Os debates a respeito desses setores – e do impacto em outras áreas – vêm ganhando espaço em Niterói. A cidade recebeu, recentemente, uma exposição sobre arte e tecnologia que abordava a forma como os universos digital e artístico dialogam. Por isso, a ideia da UFF é aproveitar esse interesse e organizar cada vez mais eventos sobre o tema.

Em novembro do ano passado, por exemplo, a instituição sediou o “Papo em Jogo A2E”, uma reunião que discutiu o futuro do cenário profissional de eSports no Brasil e, principalmente, nas universidades. Mais de sete palestrantes abordaram assuntos relacionados aos jogos, assim como a presença feminina no setor.

Brasil nos eSports

Conseguir trazer a discussão dos eSports para as universidades é um passo importante, já que é um mercado com grande potencial. A China, os Estados Unidos e a Europa possuem os maiores públicos e são os maiores investidores neste mercado, por isso, as principais equipes do mundo estão nestes territórios. A norte-americana Team Liquid, por exemplo, faturou mais de US$ 7 milhões em 2018 segundo lista do portal português Sapo divulgada em maio deste ano.

O Brasil não fica muito atrás e também possui equipes dedicadas aos eSports. A MIBR e a FURIA, por exemplo, são os principais times de Counter-Strike: Global Offensive – ou CS:GO – do país e estão entre os melhores do mundo. Neste ano, após algumas reformulações, estão na disputa pelo título da ESL Pro League nos Estados Unidos, que acontece em novembro e possui uma premiação de US$ 600 mil para todas as equipes.

Se estão faltando boas notícias relacionadas ao futebol carioca, pode ser uma boa ideia equilibrar isso acompanhando um dos times virtuais. Para os torcedores do Flamengo – que está indo muito bem no cenário do futebol, diga-se de passagem, evitando que o status dos times do Rio de Janeiro seja apenas negativo –, não será nem preciso mudar a camisa, pois a equipe rubro-negra possui um time que atua no cenário dos jogos eletrônicos. O Flamengo eSports foi o representante brasileiro no Mundial de League of Legends. Apesar da eliminação na fase de grupos, a presença do time na disputa já é um grande feito. A fase final, que acontece em novembro, é quase sempre dominada apenas por europeus. No dia 12 de outubro, o portal de apostas online Betway indicava os alemães da SK Telecom T1 com 28,6% de chance de título e total favoritismo. Uma nova chance para o Flamengo fica para 2020, caso eles voltem a conquistar o título do CBLoL, o Campeonato Brasileiro oficial de League of Legends.

Torneios universitários

O Brasil também organiza algumas competições que têm maior destaque em determinadas universidades. O Torneio Universitário de Esports (TUES), por exemplo, foi criado com o objetivo de juntar diferentes atléticas universitárias de eSports. Assim como acontece com esportes mais tradicionais, um torneio como esse é a forma perfeita de utilizar o ambiente acadêmico para preparar possíveis profissionais. A ideia é fazer com que os jogadores se acostumem com a parte competitiva dos eSports.

Na primeira edição, em 2016, foram mais de 40 organizações estudantis e de 500 alunos presentes na disputa. Após a 2ª edição, o TUES começou a acontecer duas vezes por ano e se transformou rapidamente em uma tradição. Grande parte das universidades participa da competição e a Atlética eSports UFF é uma das que se destacam nos resultados.

Os jogos eletrônicos constituem uma forma de entretenimento que está ganhando cada vez mais espaço no Brasil. O maior objetivo de iniciativas como a da UFF ou a do TUES é mostrar que o ramo também é um assunto mais sério, pois movimenta a economia do país. Os eSports são um mercado profissional bilionário e o Brasil tem muito a ganhar com o sucesso da área não apenas dentro das universidades, mas por todo o território. É por essas e por outras que vale a pena ficar de olho nos jogadores que Niterói e o restante do país possuem como destaque.


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