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Cláudio Castro classifica megaoperação como ‘duro golpe na criminalidade’
Ação das forças de segurança é a mais letal da história do Rio, total de mortos chega a 130


Na manhã de terça-feira (28), o Governo do Estado do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.
A ação mobilizou centenas de policiais civis e militares e terminou com ao menos 64 mortos, entre eles quatro policiais, e mais de 80 pessoas presas.
O governador Cláudio Castro classificou a iniciativa como “a maior operação da história das nossas polícias”, destacando as apreensões de fuzis e outras armas pesadas.
A declaração de sucesso
Em entrevista coletiva, Castro afirmou que a operação foi “um duro golpe na criminalidade” e que “o policiamento permanecerá reforçado nas ruas até que a situação esteja completamente normalizada”.
Segundo ele, foram apreendidos 75 fuzis, 81 suspeitos presos e cerca de 60 criminosos neutralizados.
O governador também lamentou as mortes dos policiais e declarou que “meu coração chora com as famílias dos nossos heróis”, mas defendeu a ação, dizendo que o Estado “não poderia se omitir diante do domínio do crime organizado”.
Castro também cobrou maior apoio do governo federal, afirmando que o Estado do Rio “está atuando sozinho nessa guerra” e que é necessária uma ação integrada nacional para combater o tráfico de armas e drogas.
Críticas e controvérsias
Apesar da fala de “sucesso”, a operação gerou fortes críticas de especialistas em segurança pública e de entidades de direitos humanos, que classificaram a ação como a mais letal da história do Rio. Eles questionam se um número tão alto de mortos pode ser interpretado como um resultado positivo e pedem investigação sobre possíveis excessos cometidos durante as incursões.
Ainda não há informações detalhadas sobre o perfil das vítimas nem sobre quantos civis estão entre os mortos. Moradores relataram medo, tiroteios intensos e dificuldade de acesso a serviços básicos durante a operação.
O que está em jogo
A ação reacende o debate sobre o equilíbrio entre segurança pública e direitos humanos no estado. De um lado, o governo defende a necessidade de combater o poder das facções criminosas que controlam territórios e ameaçam a população. De outro, cresce a preocupação com a letalidade policial, a falta de transparência nas ações e o impacto sobre comunidades inteiras.
Além disso, a cobrança por maior integração entre governos estadual e federal evidencia tensões políticas sobre as estratégias de segurança. A ausência de coordenação e de políticas preventivas amplia o risco de novas tragédias.
Fonte: Betinho Casas Novas, Eduardo Pierre, Rafael Nascimento, g1 Rio
















