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Call center cobrava até R$ 1,5 mil por orações em Niterói
“Profeta” mantinha escritórios em Niterói e São Gonçalo e cobrava até R$ 1.500 por promessas de cura e milagres
Uma operação policial desmantelou um esquema em que uma central de telemarketing em Niterói oferecia orações, promessas de cura e milagres, cobrando valores que variavam de R$ 20 a R$ 1.500 dependendo do tipo de “oração”. O grupo se passava por instituição religiosa, mas os atendentes contratados não tinham vínculo religioso formal.
Como funcionava o esquema
- O líder identificado como “profeta Henrique Santini” divulgava promessas diárias relacionadas a milagres, vida financeira e afetiva, disponibilizando contato via WhatsApp para os interessados.
- Atendentes, contratados com anúncios online, utilizavam áudios gravados previamente com promessas de cura ou milagres e fingiam ser o pastor durante os atendimentos.
- As cobranças eram feitas por transferência (PIX) e os atendentes tinham metas de arrecadação; quem não atingisse um valor mínimo era demitido.
Estrutura e investigação
- A central de telemarketing operava em escritórios de Niterói e São Gonçalo, com cerca de 70 atendentes.
- Foram apurados crimes como estelionato, charlatanismo, curandeirismo, uso de falsa identidade, associação criminosa, entre outros.
- A investigação identificou o uso de contas bancárias de terceiros para dificultar o rastreamento das finanças e movimentações superiores a R$ 3,3 milhões ao longo de dois anos.
- Também há indícios de que adolescentes foram recrutados para atuar no esquema.
Medidas judiciais adotadas
- Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, celulares, notebooks e cartões pré-pagos apreendidos.
- Bens do líder e empresas ligadas foram bloqueados ou sequestrados.
- Foi requerida reparação para as vítimas e danos morais coletivos.
- O pastor e outros 22 integrantes foram formalmente denunciados.
Foto: Reprodução/Bom Dia Rio
