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TransOceânica: promessas e realizações

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Testes e documentos mostram controvérsias entre projeto inicial e entregue

A equipe do jornal Globo realizou no começo da semana passada um teste na inaugurada TransOceânica afim de averiguar as mudanças com relação ao tempo de trajeto. Utilizando a Linha Oceânica 1 (OC1), a equipe constatou que o tempo gasto no percurso pelo corredor exclusivo e pela antiga rota via Largo da Batalha é o mesmo: uma hora e meia. A expectativa divulgada pela Prefeitura de Niterói era que o trajeto fosse reduzido em até 30% com a TransOceânica.

O teste foi conduzido da seguinte maneira: uma repórter do jornal embarcou num dos ônibus da linha OC1 às 9h12 enquanto outro funcionário seguiu o destino na linha 39. Ambos saíram da prainha de Piratininga. As conduções chegaram às 10h42 no Terminal João Goulart no Centro. Segundo a repórter que utilizou o OC1, a agilidade acaba quando o ônibus entra no túnel Charitas – Cafubá. Ainda de acordo com a repórter, apenas um passageiro saltou na estação de Charitas.

O funcionário que utilizou a linha 39, que passa pelo Largo da Batalha e Santa Rosa sem utilizar a TransOceânica, ficou congestionado perto do cruzamento do Largo da Batalha e na chegada à Rua Mário Vianna em Santa Rosa. O engarrafamento apenas mudou de local, anteriormente era costumeiro próximo ao Parque da Colina.

Seguidores do Guia de Niterói também destacaram em publicações recentes o longo tempo de espera nos pontos de ônibus com a mudança. Alguns chegaram a relatar até 30 minutos aguardando. Outra insatisfação mencionada foi a quantidade baixa de veículos nas ruas e a superlotação, principalmente das novas linhas que têm em sua estrutura um corredor mais estreito e menos assentos.

Projeto TransOceânica

A TransOceânica por meio da Empresa Municipal de Moradia, Urbanismo e Seneamento (Emusa) teve contrato assinado em setembro de 2014 com o consórcio das empreiteiras Constran e Carioca Christiani-Nielsen. A obra inicialmente custaria R$310,8 milhões com conclusão em 2016. Contudo, a soma dos valores divulgados no Diário Oficial do município indicam um aumento no contrato de até 40% no valor inicial, chegando a R$438,1 milhões e conclusão após dois anos e meio do prazo inicial.

Outro ponto relevante são os vídeos sobre a obra publicados pela Prefeitura de Niterói que previam a integração com o Catamarã em Charitas. Como divulgado, a tarifa social não saiu do papel e está fora do plano de governo do atual governador do estado, Wilson Witzel.

Atrasos e muitos aditivos

A obra da TransOceânina possui diversos termos aditivos (mudanças no contrato) que somados ao projeto geraram o acréscimo de R$81,5 milhões no valor. Nos primeiros noves, publicados entre 2016 e 2017, três reajustam o valor com a justificativa de “acréscimo de obrigações à empresa contratada” e apenas um menciona o aumento do prazo. Ainda nesse grupo está o aditivo 8 referente à projetos como o de escada no Morro do Preventório, a contenção de blocos rochosos no talude do emboque de Charitas, a alteração na largura da rua na rótula do Cafubá, a pavimentação da Rua Dr. Valdir Costa e o projeto de construção de muro de drenagem na região do Grotão.

O segundo grupo de aditivos requisita, por exemplo, a construção de ciclovias paralelas a Estrada Francisco da Cruz Nunes e faixas de rolamento próxima ao shopping Itaipu Multicenter. Segundo a Prefeitura de Niterói, todos os contratos e aditivos da TransOceânica foram submetidos aos órgãos oficiais de controle. 


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