Cidade
Niterói une forças com Fiocruz para enfrentar o mosquito Aedes aegypti
Para combater as três doenças provocadas pelo Aedes aegypti: Dengue, Zyca e Chikungunya é que foi criado, pela Prefeitura de Niterói, um plano de ação conjunta contra o mosquito. Na próxima quarta-feira (13/01), às 14 horas, será lançada, oficialmente, uma parceria entre a cidade e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vem desenvolvendo um estudo para enfrentar as doenças.
O trabalho da Ficruz na cidade consiste na liberação de mosquitos infectados por uma bactéria, a Wolbachia, no habitat natural do inseto. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes aegypti, impedindo que os vírus se multipliquem no organismo do mosquito, que deixa, portanto, de transmitir as doenças. O local escolhido pela Fundação foi o bairro de Jurujuba, onde atua desde 2014. Agora, graças à parceria com a prefeitura, o projeto ganhará nova envergadura, pois agentes de diversos órgãos municipais se incorporarão às ações.
“A Fiocruz coordena essa pesquisa e escolheu Niterói para firmar uma parceria. Agora estamos no estágio mais importante, que é o da liberação dos mosquitos infectados com a Wolbachia no ambiente dos Aedes aegypti”, explicou a secretária municipal de Saúde, Solange Regina de Oliveira.
No ano passado, foram registrados 1,4 milhão de casos de Dengue em todo o território nacional. Em Niterói, houve 339 casos registrados entre janeiro a agosto. No caso da febre Chikungunya, foram notificados 17.765 casos suspeitos – destes, 6.784 foram confirmados –, mas nenhum em Niterói. Já quanto ao Zyca, responsável por um grande número de bebês diagnosticados com microcefalia, contam-se 120 pacientes suspeitos de terem contraído o vírus. No entanto, confirmados por exame, apenas dois casos. Vale ressaltar que não houve registro de mortes causadas por nenhuma das três doenças na cidade.
Ainda de acordo com Solange, a meta para este ano é ampliar o número de pastas envolvidas em ações de combate ao Aedes aegypti para além das diretamente envolvidas no trabalho de prevenção e educação, como a Secretaria de Ordem Pública (Seop), a Clin e a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser).
“A ideia é que neste verão, período de maior proliferação dos mosquitos, o nosso trabalho seja ampliado, envolvendo mais secretarias do que as que normalmente são nossas parceiras. Tudo em prol do trabalho de combate às três doenças”, finalizou.
